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domingo, 8 de novembro de 2009

Teatro social

As manipulações são discretas, e praticamente impercebíveis ao elenco deste grande teatro.
É de se esperar que humanos, pobres humanos, vivam a negar a eles mesmos, seja para se afastarem dos tão menosprezados seres com quem dividimos o planeta, ou para aparentar com o pseudo-modelo de pessoa ideal.
Há muita sujeira até se chegar a verdade livre dos simbolismos e conceitos tendenciosos da sociedade que não utiliza o cérebro, mas nádegas; enquanto se considera racional e dominante de seus instintos. Ou, da "arte" de disfarçar instintos, com virtudes e regras comportamentais tão desprezíveis quanto o resto da prisão que constroem em volta de si e dos outros, enclausurando idéias e ideais, alegando estar em busca pela liberdade.
A alienação chegou em tal estágio, que opiniões próprias, dúvidas e porquês resumem-se em crises de uma hora. Parece um crime querer entender o ser e o todo... Mas, azar de quem não tenta. A pena será pagar com uma vida previsível e tão inútil quanto a falta de qualquer consideração, mesmo que efêmera.
Não aceito que com âmagos tão subjetivos e singulares, (in)conscientes tão diferentes individualmente, tantas pessoas consigam aderir a massificação.
Pode até ser um sonho. Mas, ao sonhar, mesmo que involuntáriamente, desobedecemos leis de física e espaço, desprezamos o tempo... Outro sonho! Simplesmente não quero acordar e como outros humanos, sujeitar-me a ser acostumada com a venda de personagens e ingressos para o grande teatro social.

Nota sobre doações

Um tanto quanto desconfiada sobre o altruísmo dos humanos, pensei:
Os que não tem coragem de abandonar sua vida míope e entranhada de falsos valores capitalistas, consideram suficiente para saciar sua dívida existencial, as pequenas ajudas aos desprendidos de riquezas materiais, seja por opção, ou não. Nada contra, pelo contrário: acredito que o bem estar coletivo deve ser uma meta para conseguir exercer a vida feita de atos justificáveis. Mesmo assim, há coisas muito mais profundas a serem transformadas nos íntimos para que se possa considerar "feita a sua parte".